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Senadores do Amazonas repercutem escolha de André Mendonça para o STF

Senadores do Amazonas repercutem escolha de André Mendonça para o STF

O indicado do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, foi finalmente sabatinado pela CCJ ontem (1º), e seu nome passou pela votação do Senado Federal, recebendo 47 votos favoráveis para se tornar o próximo ministro do país. Os parlamentares do Amazonas, ao que tudo indica foram favoráveis a condução do ex-ministro da Justiça e da Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo.

O voto dos senadores é secreto, mas o Direto ao Ponto, como sempre em busca da informação de forma precisa e imparcial aos seus leitores, foi atrás de cada senador para saber como votaram.

Plínio Valério (PSDB) declarou seu voto favorável com uma recomendação de que André Mendonça não se deixe envaidecer pelo cargo e afirmou: “o Supremo não é o Olimpo”. Além do apelo, para o novo ministro não se esqueça da Amazônia.

“Tenho um pedido que beira recomendação. Por favor, não se deixe envaidecer, tem ministro ali que pensa que o Supremo é o Olimpo, e não é o Olimpo. Eu vi uma recomendação aqui para que o senhor não esqueça o acordo de Paris, não se esqueça mesmo. Mas peço encarecidamente que não se esqueça da Amazônia, e ela não é só floresta, não esqueça nunca que debaixo dessa floresta existe um povo”, salientou Plínio, durante sabatina de Mendonça na CJJ.

Eduardo Braga (MDB), afirmou que apesar da principal razão do presidente da República ter escolhido Mendonça para o STF, seu voto é baseado em na análise do currículo do indicado, e não sua crença, já que o Estado é laico.

“Durante a sabatina de André Mendonça, indicado ao Supremo Tribunal Federal, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, reafirmei que o Estado e o STF são laicos. E que ser evangélico não é qualquer demérito, mas também não pode ser condição para a indicação e escolha de um integrante da mais alta corte do Judiciário. O que realmente importa, é o currículo do indicado, que, no caso de André Mendonça, é excelente”, declarou Eduardo Braga.

Omar Aziz (PSD) disse que espera contar com o novo ministro para defender a Zona Franca de Manaus, que é o maior programa social de desenvolvimento sustentável do país.

“Espero também que o conceito dele de Justiça não compactue com o fechamento dos poderes. A democracia depende do STF forte, que é o órgão máximo de uma sociedade civil democrática”, afirmou Aziz.

Indicação de Mendonça

No plenário da casa, ele teve 47 votos favoráveis e 32 contrários. Antes, o nome de Mendonça foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado com placar de 18 votos a nove.

A indicação de André Mendonça causou polêmica desde o início do processo tanto por sua proximidade com Bolsonaro quanto pelo fato de o presidente ter dito publicamente que um dos critérios para a sua escolha foi o fato de ele ser evangélico. A indicação foi sucedida também pela demora na realização da sabatina: ela foi adiada por quase quatro meses, enquanto o presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não marcava a sessão.

Finalmente, na sabatina ocorrida nesta ontem na CCJ, Mendonça foi questionado sobre temas polêmicos como casamento entre pessoas do mesmo sexo, a defesa do Estado laico e os inquéritos que ele pediu para serem instaurados com base na Lei de Segurança Nacional enquanto era ministro da Justiça.

Contando com amplo apoio de líderes religiosos, Mendonça disse logo no início de sua apresentação que defendia o Estado laico.

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