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Após tragédia yanomami, governo exonera 38 pessoas e dispensa 5 na Funai

Após tragédia yanomami, governo exonera 38 pessoas e dispensa 5 na Funai

Após decretar emergência no território yanomami, o governo Lula promoveu mudanças em vários cargos da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas). Em edição extra do Diário Oficial ontem foram publicadas 38 exonerações, cinco dispensas e uma nomeação no órgão.

As mudanças foram assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. A lista de baixas inclui:

  • 22 coordenadores regionais;
  • 15 coordenadores de setores;
  • 3 assessores e o chefe de gabinete da presidência do órgão;
  • o diretor do Museu do Índio;
  • o corregedor da Funai.

Na manhã de ontem, o governo já havia publicado a exoneração de 11 coordenadores de saúde indígena. Assim, ao menos 54 servidores deixaram seus cargos ligados à saúde e à assistência aos povos indígenas do país em apenas um dia.

Lula visitou povo e criticou Bolsonaro

No final de semana, Lula visitou à população yanomami em Roraima e criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por priorizar as motociatas e ter “abandonado” o povo indígena, assolado pelo garimpo ilegal, fome, desnutrição e morte.

Mais de 500 crianças yanomamis morreram por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, “devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região”, segundo o Ministério dos Povos Indígenas.

Conforme mostrou o colunista do UOL Carlos Madeiro, a invasão da Terra Yanomami por garimpeiros ilegais ao longo dos últimos anos provocou ocupação e fechamento de postos de saúde e um caso suspeito de estupro, entre outros crimes.

O governo Bolsonaro escreveu cartas para as entidades internacionais dando garantias de que os yanomamis estavam sendo atendidos e que programas específicos sobre a saúde do grupo tinham sido implementados. O relato do governo, no entanto, contrasta com as imagens que circularam o mundo, mostrou o colunista do UOL Jamil Chade.

Fonte: UOL

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