PF investiga atuação do Comando Vermelho em garimpo
A Polícia Federal (PF) realiza uma investigação para desvendar a participação do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, na extração ilegal de minérios na região da Amazônia, especialmente no garimpo clandestino de ouro.
A apuração é conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e já resultou na prisão de seis pessoas, incluindo quatro membros da facção, conforme informado pela PF. Outras duas pessoas estão sendo investigadas por possíveis ligações com o crime.
Como a PF chegou ao Comando Vermelho no Amazonas?
A descoberta da presença do Comando Vermelho nessa atividade ilícita ocorreu após a apreensão da maior quantidade de ouro da história do estado do Amazonas. Em dezembro do ano passado, dois indivíduos foram presos após aterrissarem uma aeronave no Aeroclube do Amazonas com 45 kg de ouro, avaliados em aproximadamente R$ 14 milhões.
Na ult terça-feira, 23, mais um personagem dessa trama foi capturado durante uma operação conjunta da Ficco com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Ao longo das três fases da operação, três carros foram apreendidos. Atualmente, são realizadas análises minuciosas, como exames de impressões digitais e outros elementos probatórios encontrados nos veículos e nas áreas próximas. Até o momento, seis pessoas foram detidas e identificadas como participantes diretos ou cúmplices desse esquema criminoso, informou o delegado Adriano Sombra.
De onde foi extraído o ouro?
A PF suspeita que o minério tenha sido extraído ilegalmente na cidade de Itaituba, no Pará, e enviado para Manaus, no Amazonas, com o objetivo de ser exportado. No entanto, a carga foi interceptada antes de chegar ao seu destino final. As investigações estão considerando a possibilidade de que o material apreendido seria destinado a países europeus, como a Itália, além dos Estados Unidos e até mesmo os Emirados Árabes.
Após solicitação da Polícia Federal, a Justiça determinou o bloqueio dos bens e valores dos envolvidos, bem como o sequestro de bens móveis e imóveis que possam estar em posse dos investigados. Novas operações estão sendo planejadas para identificar os beneficiários e destinatários desse material ilícito.
Fonte: O Antagonista
