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PT e PL, juntos contra Moro de novo

PT e PL, juntos contra Moro de novo

O PT, de Lula e Gleisi Hoffmann, e o PL, de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, entraram nesta segunda-feira (22), com recursos no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para reverter a decisão que absolveu o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) das acusações de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022.

Com 218 páginas, o recurso do PT foi assinado pelos advogados Luiz Eduardo Peccinin, que já atua para o PT do Paraná, e Ângelo Ferraro, ligado ao diretório nacional da legenda.

A sigla alega que o relator do caso, desembargador Luciano Falavinha Carrasco, “cometeu equívocos na análise das provas”, embora ele tenha desmontado as acusações dos partidos, mencionando trechos de obra de Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, e de Lênio Streck, do Prerrogativas, detratores de Moro.

O recurso do PL

Contestando a família Bolsonaro, o PL recorreu contra Moro “por força do contrato” com os advogados da sigla.

Com 126 páginas, o recurso do partido de Valdemar Costa Neto insiste na tese de que houve um “histórico de abusos” da campanha de Moro ao Senado, com “eventos hollywoodianos de filiações partidárias e de lançamentos de pré-candidaturas” e “inúmeras produções de vídeo, de qualidade altamente profissional, tanto para veiculação nos eventos quanto nas redes sociais” de Sergio Moro.

Quem convenceu Valdemar a recorrer da decisão do TRE-PR?

Segundo O Globo, Valdemar Costa Neto atribui a decisão de seguir com ofensiva judicial para cassar o mandato de Moro no Senado ao advogado Marcelo Bessa, que é responsável pela defesa do presidente do PL em processos na Justiça Eleitoral e no Supremo Tribunal Federal.

Como o senador é desafeto de parte dos ministros do STF, a medida é vista por aliados de Bolsonaro como um gesto de Valdemar à Corte.

A absolvição de Moro

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) absolveu o senador Sergio Moro (União-PR) no processo de cassação de mandato por abuso de poder econômico. O placar foi de 5 desembargadores eleitorais contra dois indicados de Lula, como resumiu Felipe Moura Brasil.

Apenas José Rodrigo Sade e Lucio Jacob Junior, ambos escolhidos pelo petista para participar do julgamento, acataram as alegações de PT e PL de que o ex-juiz da Lava Jato cometeu abuso de poder econômico por ter se apresentado como pré-candidato ao Palácio do Planalto e ao Senado por São Paulo antes de se eleger senador pelo Paraná.

O placar escancarou aquilo que se sabe desde que Moro se candidatou: o mundo político, e em especial os petistas, que falam tanto em amor, não perdoaram — e provavelmente nunca vão perdoar — o ex-juiz pela Operação Lava Jato.

Acusação

Seus acusadores fingem outras motivações, mas, antes mesmo de o placar cristalizar a realidade, a razão essencial transparecia nas próprias acusações, como destacou o relator do caso, Luciano Carrasco Falavinha. Moro foi acusado até de caixa 2, algo que nem os indicados por Lula ousaram endossar ao votar pela cassação.

Fonte: O Antagonista

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