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Opinião | Conselheiro Ari Moutinho é chamado de “canalha e covarde” por deputado

Opinião | Conselheiro Ari Moutinho é chamado de “canalha e covarde” por deputado

Fernando Marangoni disse que se Ari tiver coragem, que de um pulo com ele em Brasília: “o gabinete 309 está à sua disposição”

A deputada Yandra Moura disse que a Câmara dos Deputados vai lutar para que esse tipo de conduta de Ari Moutinho não se repita

Ari Moutinho agrediu verbalmente conselheira Yara Lins: “safada, puta e vadia”, além de ameaçá-la, afirmando que iria “foder ela” na PGR e STJ”

Protesto de mulheres pede afastamento de Ari Moutinho do TCE-AM

Ari Moutinho pede afastamento do TCE-AM por motivo de saúde

Leis de Roberto Cidade fortalecem a Política Nacional de proteção à mulher

Ministros de Lula e deputados do PT e PSOL assinaram carta pró-Hamas

Hamas matou e até decapitou 40 bebês e crianças

Agressões

As agressões do conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Ari Moutinho, contra a conselheira Yara Lins dos Santos, recentemente eleita presidente da corte de contas para o biênio 2024/2025, continuam a repercutir no cenário nacional, no Congresso Nacional, nos órgãos de controle, no judiciário e na mídia nacional e local.

Ari Moutinho proferiu palavras ofensivas, chamando Yara Lins de “safada, puta e vadia”, além de ameaçá-la, afirmando que iria “foder com ela” judicialmente, alegando influência sobre o PGR e o STJ.

Lei da semeadura

Ao que parece, Ari acabou colhendo o que plantou.

Ele perdeu a presidência para Yara, foi desmoralizado, está sendo investigado, pediu afastamento do cargo por tempo indeterminado e enfrenta o sério risco de ser expulso do TCE-AM, com um pedido iminente de impeachment na Assembleia Legislativa do Amazonas.

Choque de realidade

Também ficou claro para Ari o seu tamanho e relevância dentro do contexto político local, visto que praticamente o único que saiu em sua defesa e minimizou sua conduta foi o conselheiro Érico Desterro, atual presidente do TCE-AM e aliado político.

Suas ações terão consequências graves, e ele demonstrou falta de coragem para enfrentar as devidas repercussões.

“Canalha e covarde”

No Congresso Nacional, as agressões de Ari Moutinho repercutiram essa semana durante a sessão em homenagem do Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher na Câmara dos Deputados.

O deputado federal Fernando Marangoni (União-SP) usou a tribuna da Câmara para chamar o conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas, Ari Moutinho, de “canalha e covarde”.

Passa comigo

“O senhor conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, o senhor Ari Moutinho, espero que esteja me ouvindo, senão em mando o vídeo pro senhor. Canalha, covarde, você é um desses covardões de plantão e vai pagar pela agressão que você cometeu com a Yara. E se não ficar satisfeito o gabinete 309 está à sua disposição, pode vir”, disse Marangoni, reiterando que Ari vai pagar pela agressão que cometeu contra Yara.

Denúncia

Além de conselheira do TCE-AM, Yara Lins é mãe do deputado federal Fausto Santos Junior, correligionário de Marangoni.

Em sessão solene em homenagem ao Dia Nacional de Luta Contra Violência à Mulher, Fausto Santos Junior pediu que homens também denunciem casos de violência ao sexo oposto.

“Como filho, posso dizer que toda a família está sendo agredida”, resumiu.

A conselheira apresentou uma denúncia contra Ari Moutinho por injúria, tráfico de influência e ameaça.

Convite

Após a fala do deputado, Yara Lins discursou na Câmara dos Deputados como convidada para as homenagens ao Dia Nacional de Luta contra Violência à Mulher.

A conselheira reforçou a denúncia de agressão contra Ari Moutinho, explicando as ações do conselheiro contra ela no dia da eleição no TCE-AM.

Exemplo

“Precisei ser medicada por ter ficado muito abalada devido as agressões que fez covardemente para uma senhora que quase tem a idade de ser sua mãe. Quero dizer que relutei para ir à delegacia, mas como única conselheira mulher naquele Tribunal, para dar exemplo, eu fui até a delegacia fazer uma queixa para que pudesse ser punido o agressor”, declarou Yara.

“Banidos da sociedade”

A conselheira reforçou ainda o combate a agressão contra as mulheres.

“Eu acredito que os agressores devem ser banidos da nossa sociedade. Não é mais tempo de ter esse tipo de agressor (…) Senhores eu agradeço essa oportunidade e parabenizo a Câmara Federal por esse momento de conscientização para que não haja mais esse tipo de violência”, disse a conselheira do TCE-AM.

Observatório da Mulher

A deputada federal Yandra Moura (União Brasil-SE), Coordenadora Geral do Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP) da Secretaria da Mulher, disse que a Câmara dos Deputados vai lutar para que esse tipo de conduta de Ari Moutinho não se repita.

“Yara sofreu essa violência única e exclusivamente por ser mulher, conselheira. Mas tenho certeza de que isso ultrapassou a barreira da conselheira de contas; machucou todas nós, mulheres. Parabéns pela presidência. Que a senhora faça um trabalho lindo e que cale a boca dos machões e de todo esse pessoal que ainda faz esse tipo de violência contra a mulher”, disse a deputada.

Protesto

Um grupo de mulheres organizou uma manifestação nesta terça-feira (10), em frente ao TCE-AM, para pedir o afastamento do conselheiro Ari Moutinho Júnior, após as agressões contra a conselheira Yara Lins.

No post compartilhado nas redes sociais, o grupo exigiu o afastamento do conselheiro com a hashtag #FORAARI e chamou a população para participar do ato pacífico em solidariedade às mulheres vítimas da violência de gênero.

Afastamento

O conselheiro Ari Moutinho Júnior faltou à sessão do Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) nesta terça-feira (10).

A ausência foi confirmada pelo presidente Érico Desterro, que informou motivo de licença médica, sem especificar quais seriam os problemas de saúde.

Talvez uma indisposição mental.

Afastamentos II

Érico Desterro também informou as ausências da conselheira Yara Lins, por motivo “justificado e superveniente”; o conselheiro Fabian Barbosa e o auditor Alípio Reis Firmo Filho, por férias.

“Momentos difíceis”

Primeiro a falar na sessão, o conselheiro Júlio Assis Corrêa Pinheiro felicitou a conselheira Yara Lins, eleita presidente do órgão de contas e disse que o TCE-AM vive momentos difíceis.

“Eu, como decano dessa Corte, tenho preocupações grandes acerca de como as coisas estão se dando. Eu tenho certeza que não é interesse de nenhum de nós fazer com que esta instituição seja questionada, entre em eventual derrocada por conta de situações que, aqui, não cabe a nós fazer qualquer análise prévia,” disse Júlio Assis, pedindo convívio harmonioso entre os conselheiros.

O decano também disse se solidarizar com a conselheira Yara. “Entendi a dor e a indignação”.

Democracia

O conselheiro Josué Neto avaliou que o país viveu tempos difíceis quando a democracia não foi respeitada e que, neste sentido, “a vontade da maioria deve ser respeitada”, já que quando é respeitada, a democracia acontece.

Proteção à mulher

Uma das principais bandeiras de atuação parlamentar do deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), é a defesa e a garantia dos direitos da mulher.

E, nesta semana Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, o deputado chamou a atenção para algumas iniciativas do seu mandato que fortalecem a política nacional de proteção à mulher.

“Responsabilidade de todos”

“Nosso mandato sempre teve a sensibilidade de trabalhar para atender as demandas das mulheres. Infelizmente, ainda são alarmantes os números de violência. A responsabilidade dessa proteção é de todos, dos legisladores e também da sociedade. Meu desejo é que nossas leis possam fortalecer a política nacional de defesa da mulher e que possamos ter uma sociedade mais justa, igualitária e, sobretudo, com menos violência contra a mulher”, afirmou o deputado.

PT e o Hamas

Pelo menos dez membros do PT ligados ao presidente Lula (entre eles dois ministros do governo), além de entidades aliadas ao partido, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), já se posicionaram abertamente contra classificar o Hamas como um grupo terrorista.

O grupo é o autor da onda de ataques extremistas contra Israel que já vitimou mais de 1,8 mil pessoas entre israelenses e palestinos.

Além do PT, a carta também foi assinada por deputados do PSOL, PCdoB e PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin.

“Direito à resistência”

Para o partido e os movimentos, o “direito à resistência” é assegurado pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por outras resoluções da ONU.

A assinatura da carta por políticos e movimentos de esquerda veio à tona em um momento em que o governo Lula resiste em classificar o Hamas como um grupo terrorista.

Terroristas

Terroristas do Hamas assassinaram e até decapitaram cerca de 40 bebês e crianças em um kibutz (comunidade), em Israel, e suas famílias também foram assassinadas. 

“Um massacre”, afirmou o major-general Itai Veruv.

Massacre

A cena foi registrada após forças militares israelenses reocuparem o kibutz Kfar Aza, no sul do país, que foi alvo dos terroristas desde o ataque do sábado (7).

Famílias inteiras foram assassinadas e até mesmo a recuperação dos corpos tem sido difícil pois os terroristas deixaram armadilhas e explosivos entre as vítimas.

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