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Opinião | O mundo pós-Trump não vive em paz como previu a ‘grande mídia’

Opinião | O mundo pós-Trump não vive em paz como previu a ‘grande mídia’

Invasão da Ucrânia pela Rússia tem relação direta com os EUA

Focado em questões ambientalistas e identitárias, Ocidente tem sido omisso na defesa da liberdade

Políticos locais repercutem conflito no Leste Europeu

Redes sociais são inundadas por memes sobre a guerra

Brasil deve sofrer consequências no preço dos combustíveis

PT apaga post que culpava EUA e Otan pela invasão russa

Em reunião do CAS, Wilson Lima reforça importância da Zona Franca

Narrativa enterrada

Logo após a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos EUA, em 2020, analistas políticos e jornalistas da dita “grande mídia” foram categóricos ao afirmar que o mundo sem Donald Trump seria mais leve e repleto de paz.

Dois anos depois, as narrativas criadas pelos “especialistas” caíram por terra e o que se vê, na verdade, são decisões catastróficas do atual presidente norte-americano.

Primeiro foi a atuação estabanada no Afeganistão, que culminou na retomada do poder pelo Talibã. E agora observamos uma postura frágil e, de certo modo, omissa diante do presidente russo Vladimir Putin, que em nenhum momento se viu ameaçado e invadiu a Ucrânia ontem (24).

Parcela de culpa

É fato que Putin nunca aceitou a independência ucraniana e chegou, inclusive, a afirmar isso abertamente em um artigo publicado em julho do ano passado, onde disse que o objetivo do Kremlin é unir novamente Rússia e Ucrânia, como nos tempos da União Soviética.

No entanto, também é verdade que a invasão militar russa foi em grande parte facilitada pela chegada dos democratas à Casa Branca.

Com os EUA governado por um presidente fraco — que tão somente se importa com uma agenda ambientalista e identitária — as ações geopolíticas internacionais passaram a ser ditadas por ditadores ambiciosos como Putin e Xi Jinping, presidente da China.

Sinal verde

Em 2014, no governo do também democrata Barack Obama, a Rússia já havia tomado da Ucrânia a península da Crimeia.
À época não houve reação.

Desde lá, o cenário favorável se desenhou e o sinal verde foi dado no fracasso no Afeganistão, quando Putin percebeu que tomar toda a Ucrânia à força não resultaria em grandes reações, sobretudo dos EUA.

Desta forma, estamos experimentado hoje exatamente o que diz um provérbio oriental: “homens fracos criam tempos difíceis”.

Liberdade renegada

Infelizmente, ao longo dos últimos anos, uma agenda progressista tomou conta do Ocidente e a liberdade, que é o que realmente importa à humanidade, foi renegada por uma pauta ambientalista, que se tornou o foco das grandes discussões mundiais, e pela pauta identitária, coordenada pela turma da lacração e grande mídia.

Claramente, tudo isso um dia iria cobrar a conta, e a situação no Leste Europeu é uma parte desse acerto de contas.

Repercussão

A situação da Ucrânia não passou despercebida pela classe política local. Diversos ocupantes e ex-ocupantes de cargos públicos usaram as redes sociais para comentar a invasão russa às cidades ucranianas.

O ex-prefeito de Manaus e diplomata, Arthur Virgílio Neto (PSDB), chamou de reprovável a atitude da Rússia.
“Como diplomata que sou, prezo sempre pelo diálogo e pelo entendimento com respeito. Guerra em nada contribui. Só serve para dizimar vidas e gerar mais violência. A história ensina, mas há quem não queira aprender”, declarou.

Oração por paz

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (PV), se manifestou no Twitter, onde pediu que a população orasse por paz no mundo.

“Diante dos acontecimentos recentes, é sempre bom lembrar que o diálogo e a paz são o melhor caminho. Vamos tirar um minutinho do nosso dia para orar pela paz no mundo”, conclamou.

Cobrança

Já o vice-presidente da Câmara Federal, Marcelo Ramos (PSD), cobrou um posicionamento do Governo Federal e afirmou que o Brasil precisa condenar a invasão russa à Ucrânia.

Memes

Em meio à tensão por uma iminente guerra mundial, uma das principais especialidades dos brasileiros em grandes conflitos inundaram as redes sociais: Memes. Muitos memes.

Internautas fizeram piada sobre uma possível 3ª Guerra Mundial e ironizaram o presidente Jair Bolsonaro. Muitos pediram para que o chefe do Executivo não se envolva com a situação. Outros lamentaram que o conflito esteja ascendendo enquanto a pandemia de covid desacelera.

Em âmbito local, a lembrança foi o “canhão” construído por Amazonino Mendes, na bola do Parque 10.
“Agora vocês entendem porque Amazonino construiu aquele canhão no Parque 10, né?”, comentou um internauta.

Postou e apagou

Quem também comentou a situação ucraniana foi o Partido dos Trabalhadores (PT). A sigla do presidenciável Lula afirmou que os EUA “com sua política imperialista”, juntamente com a Otan são os culpados pela invasão da Rússia à Ucrânia.

“Tal conflito, frise-se, é basicamente um conflito entre os EUA e a Rússia. Os EUA não aceitam uma Rússia forte e uma China que tende a superá-los economicamente”, dizia parte da postagem.

Pouco depois, no entanto, a publicação, foi apagada.

Preocupação com o agro

Como o Brasil tem relações comercias com os envolvidos no conflito, os reflexos econômicos são inevitáveis. O preço do barril do petróleo superou os 100 dólares e deve influenciar negativamente no valor do combustível, que já vem sofrendo constantes altas.

A Rússia, vale lembrar, é atualmente um dos maiores produtores de petróleo do mundo, com capacidade de produção de mais de 10 milhões de barris por dia.

Outra preocupação é com agronegócio brasileiro, já que o Brasil importa fertilizantes e insumos agrícolas da Rússia.

Importância da ZFM

Durante a 302ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (CAS/Suframa), o governador Wilson Lima (PSC) destacou que o modelo Zona Franca de Manaus “tem dado resultados para o Brasil”.

No evento que comemorou o 55º aniversário da ZFM, Wilson pontuou as movimentações do Governo para manter a atratividade para empresas realizarem investimentos no estado.

“Esse é um modelo que não pode ser atingido, é um modelo que tem dado resultados para o Brasil, e tem sido uma carga muito pesada para a indústria e também gestores desse modelo”, disse.

Redução do IPI

O governador alertou, também, sobre os riscos que uma redução de 25% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) representa à economia do Amazonas.

A proposta foi anunciada nesta semana pelo Ministério da Economia. Antes disso, o governo estadual já vinha se reunindo com lideranças empresariais e políticas para discutir os riscos que o tema representa para o estado.

“A Zona Franca é o principal e mais consolidado modelo de desenvolvimento da região Norte, gerando mais de 100 mil empregos diretos. As empresas não vão ter condições de continuar aqui, serão obrigadas a se mudar para outros estados e outros países”, afirmou.

Pausa de carnaval

O Direto ao Ponto informa aos leitores que a coluna de opinião fará uma pausa, por conta do feriado de carnaval, nos dias 28 de fevereiro, 1º e 2 de março.

Retornaremos na quinta-feira, dia 3, com muita política no cardápio, já que será dado o início na janela partidária com o troca-troca dos políticos de partido.

 

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