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Campanha de cerveja com influencer trans dá prejuízo bilionário após boicote

Campanha de cerveja com influencer trans dá prejuízo bilionário após boicote

A cerveja Bud Light enfrentou uma série de problemas após lançar uma campanha com a influenciadora trans Dylan Mulvaney. A empresa-mãe Anheuser-Busch InBev (AB Inbev) relatou um prejuízo de US$ 400 milhões devido à queda nas vendas da Bud Light, como indicado em seu relatório trimestral.

Esse prejuízo corresponde a mais de R$ 1,97 bilhão na cotação atual. Após a campanha com Dylan, a Bud Light perdeu a posição de marca de cerveja mais vendida nos Estados Unidos, um posto que ocupou por duas décadas.

A marca que agora detém essa posição é a mexicana ‘Modelo Especial’. Essa mudança é significativa no mercado norte-americano de cervejas. A influenciadora trans lançou um vídeo em 1º de abril em que estava consumindo a cerveja. Poucos dias depois, a marca enfrentou uma perda de US$ 5 milhões em valor de mercado na bolsa de valores.

O que inicialmente parecia ser uma crise passageira transformou-se em um grande desafio para a Bud Light. Desde maio, a Modelo Especial tem superado as vendas da Bud Light. Essa tendência continuou nos meses de junho e julho e também persistiu em agosto.

Relembre o caso

As consequências da campanha com a influenciadora trans tiveram um impacto amplo sobre a cerveja, ultrapassando o mercado de vendas. No final de julho, a AB Inbev anunciou que seria necessário demitir cerca de 2% de seus funcionários, totalizando quase 400 pessoas, como parte de uma reestruturação de gastos após a campanha da Bud Light com Dylan Mulvaney.

Durante a semana do feriado de 4 de julho, um dos momentos mais importantes para o consumo de cerveja nos Estados Unidos, as vendas da Bud Light caíram 23,6% em comparação com a mesma semana de 2022, de acordo com dados da consultoria Bump Williams. Como resposta, a marca realizou mudanças na liderança da equipe responsável pela parceria com a influenciadora e contratou especialistas do núcleo conservador em Washington D.C..

O CEO brasileiro da Anheuser-Busch, Michel Doukeris, inicialmente negou a parceria com a influenciadora trans, alegando que se tratava apenas de uma postagem em redes sociais. No entanto, a marca havia enviado latas com o rosto da influenciadora trans para ela.

Para melhorar sua imagem, a Bud Light lançou um comercial mostrando jovens consumindo a cerveja em um evento do agronegócio americano. Além disso, a marca anunciou uma campanha em homenagem aos militares, em colaboração com a Budweiser, e redesenhou temporariamente as latas de ambas as marcas com estampas militares.

As vendas da Bud Light tiveram uma queda de mais de 28% em cada uma das últimas quatro semanas. Entretanto, houve uma melhoria em relação ao pior momento da crise, quando as vendas caíram 32% devido à controvérsia em torno da influenciadora trans.

Especialistas do mercado de cerveja nos Estados Unidos esperam que, nos próximos seis meses, mais consumidores voltem a comprar a marca Bud Light, o que pode ajudar a marca a se recuperar das perdas sofridas.

Fonte: 55 Invest

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