Você está visualizando atualmente Opinião | Além de Braga e Omar, ao menos outros 24 alvos da Lava Jato são candidatos na eleição

Opinião | Além de Braga e Omar, ao menos outros 24 alvos da Lava Jato são candidatos na eleição

Opinião | Além de Braga e Omar, ao menos outros 24 alvos da Lava Jato são candidatos na eleição

Lula, Arthur Lira, Eduardo Cunha, Aécio Neves e Romero Jucá integram a lista

Wilson Lima cresce e abre 10 pontos em relação a Amazonino Mendes

Ricardo Nicolau usa Samel como estratégia eleitoral

Luciano Hang, o “Véio da Havan”, entra na campanha de Coronel Menezes

Candidatos do AM já gastaram mais de R$ 57 milhões neste pleito

Principal investimento é em publicidade impressa

Entre aplausos e críticas, Bolsonaro cumpre agenda em Nova York

Presidente discursa na Assembleia-Geral da ONU, exalta economia brasileira e faz críticas à esquerda

Candidatos

Alvos da Lava Jato — que é considerada a maior operação contra a corrupção da história do Brasil — 26 políticos investigados na operação da Polícia Federal, que apurou esquemas bilionários de corrupção envolvendo a Petrobrás, diversas empreiteiras e políticos de diferentes partidos, estão disputando as eleições deste ano.

A maior parte deles (19 candidatos) busca se eleger como deputado federal, dois tentam uma vaga no Senado e apenas um almeja uma cadeira na Assembleia Legislativa do seu Estado. Outros três nomes se candidataram ao cargo de governador.

Lula

O principal integrante desta lista é o ex-presidente Lula (PT).

Depois de passar um ano e sete meses preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá, o petista recuperou os direitos políticos e agora tenta voltar ao Palácio do Planalto.

Lula foi, literalmente, “descondenado” pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mesmo tendo sido condenado em três instâncias no processo do tríplex e em duas instâncias no caso do sítio de Atibaia.

Ficha limpa

Diante da anulação das sentenças condenatórias, o ex-presidente teve reestabelecida sua ficha limpa e por isso está tendo direito de ser candidato ao cargo máximo da nação.

Amazonas

O Amazonas também tem seus candidatos que foram alvos da operação Lava Jato. Eduardo Braga (MDB), que quer voltar ao comando do Estado e Omar Aziz (PSD) que tenta reeleição de senador, foram alvos da operação capitaneada pelo ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol.

Propina

Ex-executivos da empreiteira Andrade Gutierrez, investigados na Lava Jato revelaram, em delação premiada, que pagaram propina à dupla.

Ambos, segundo delatou Clóvis Peixoto Primo e Rogério Nora de Sá, receberam propinas de obras da empresa no Amazonas, como a construção da Arena da Amazônia.

10% de Braga

Segundo os delatores, havia uma combinação — que ocorreu durante as gestões do governo Braga — de pagamento de propina de 10% sobre o valor de cada obra da empreiteira.

O ex-executivo Clóvis Primo disse aos procuradores da Lava Jato que Braga fazia ameaças se houvesse atraso no pagamento da propina.

“Ele era jogo duro.”, afirmou.

Braga teria recebido entre R$20 e R$30 milhões, segundo estimativa das investigações.

5% de Omar Aziz

Ao detalhar a licitação da Arena da Amazônia, Primo disse ter se encontrado, em um hotel em Brasília, com o sucessor de Braga no governo do estado, o senador Omar Aziz (PSD).

O delator afirmou ter tentado negociar a redução da propina e disse que, após fazer “um grande teatro” e ter se exaltado, Aziz aceitou a redução para 5% do valor das obras.

Por determinação do ministro do STF, Ricardo Lewandoviski, o processo de ambos foi encaminhado para a Justiça Estadual do Estado do Amazonas.

Ponte Rio Negro

A Ponte Rio Negro, que custou R$ 1,1 bilhão, também foi alvo de investigações envolvendo a suspeita de que Eduardo Braga e, posteriormente, Omar Aziz, teriam se envolvido em fraudes na construção da ponte.

Segundo o delator Arnaldo Cumplido, como parte de um acerto com a Camargo Corrêa, a Odebrecht teria repassado R$ 1 milhão a Braga a pedido de um empresário interlocutor do governador para manter o consórcio que iria tocar a obra.

Após analisar o caso, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou o arquivamento dos inquéritos contra os senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), apontando que a demora da PGR em realizar novas diligências tem causado “injusto constrangimento” aos parlamentares e que as acusações do delator são inconsistentes.

Apoio de Dilma

O senador Eduardo Braga (PMDB) ainda voltou a ter o nome mencionado em outras delações da Operação Lava Jato.

O depoimento do diretor de relações institucionais e governo na holding J&F, Ricardo Saud, aponta que Braga recebeu R$ 6 milhões para apoiar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2014.

Braga é citado no primeiro depoimento de Saud, concedido na sede da Procuradoria Geral da República, no dia 5 de maio.
A delação tem mais de 30 minutos.

Rico Táxi Aéreo

A investigação apontou que esses R$6 milhões para Eduardo Braga apoiar a candidatura de Dilma, tiveram destino certo, a Rico Táxi Aéreo, empresa que também é investigada pelo Ministério Público Federal e que já foi alvo de operação da Polícia Federal e possivelmente abriu o jogo em delação premiada.

Por conta disso, em novembro de 2019, a sede da empresa Rico Táxi Aéreo recebeu agentes Federais em suas instalações após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Édson Fachin, responsável pela Lava Jato, autorizar vários mandados de busca e apreensão contra senadores do partido MDB, suspeitos de receberem propina para apoiar, nas eleições de 2014, a ex-presidente Dilma Rousseff.

Outros nomes

Além de Lula, nomes conhecidos da política que foram alvos da Lava Jato também disputam o pleito deste ano.

Na lista estão, por exemplo, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que assim como Lula foi condenado e descondenado. Ele é candidato a deputado federal em São Paulo pelo PTB.

Aécio Neves (PSDB) que é candidato à reeleição de deputado federal por Minas Gerais; Romero Jucá (MDB) que tenta uma cadeira de senador por Roraima; e Arthur Lira (PP)que quer renovar seu mandato de deputado estadual por Alagoas são alguns dos “famosos” quem compõem a lista.

Bilhões recuperados

A lava jato já resultou em compromissos para a devolução de R$ 15 bilhões, dos quais R$ 4,3 bilhões já retornaram aos cofres públicos ou da Petrobras.

Entre os valores recuperados pela força tarefa, R$ 630 milhões foram destinados ao governo federal, especificamente na prevenção, fiscalização e combate ao desmatamento, incêndios florestais e ilícitos ambientais na Amazônia.

Wilson dispara

Nova pesquisa eleitoral da Perspectiva aponta que o governador Wilson Lima (União Brasil), candidato a reeleição, abriu 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado, o ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania).

Wilson Lima aparece com 33,4% das intenções de votos, seguido de Amazonino com 23,1% das intenções.

Já o senador Eduardo Braga (MDB) aparece com 22,4%.

O registro na Justiça Eleitoral é AM-08091/2022.

Nicolau da Samel

Desde o início desta semana, o candidato ao Governo do Amazonas, Ricardo Nicolau (Solidariedade), passou a utilizar a Samel – empresa de saúde de sua família – como estratégia nos últimos dias de campanha.

Em seu programa eleitoral na TV, o candidato lembrou da atuação da empresa durante a pandemia, o hospital de campanha municipal e, também, a “Cápsula Vanessa”, uma cabine que evitou a intubação de pacientes com Covid-19.

Para os demais candidatos da coligação, o candidato do Solidariedade é chamado de “Nicolau da Samel”.

Cabo eleitoral

O candidato ao Senado pelo PL, Coronel Menezes, recebeu um apoio de peso ontem (20).

O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, gravou um vídeo pedindo voto dos amazonenses para o militar da reserva do Exército Brasileiro.

“Olá, amigos do Amazonas. Precisamos renovar o Senado Federal. Por isso venho pedir voto para Coronel Menezes. Número dois, dois, dois. Único candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro. E para o Brasil continuar mudando, precisamos reeleger o presidente, número 22, e pessoas de confiança”, disse.

“Amazonas do futuro”

Por falar em Menezes, ele confirmou, via assessoria, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) participará de um comício em Manaus na próxima quinta-feira (22).

O evento foi batizado de “Amazonas do futuro” e será realizado no Espaço Via Torres, na Avenida das Torres, na zona norte da capital.

No palanque

O mesmo convite, distribuído pela assessoria do candidato ao Senado, informa que o governador Wilson Lima (União Brasil) participará do evento.

Grana alta

Os 660 candidatos nestas eleições no Amazonas já gastaram até ontem (20), R$ 57.369.269,39 em suas campanhas.

As informações constam na plataforma de estatística no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Do valor, 54.447.433,70 foram despesas pagas com dinheiro público – Fundo Eleitoral ou Partidário – e R$ 2.921.835,69 com recursos privados, ou seja, recebido pelos candidatos por meio de doações de pessoas físicas.

Material impresso

O principal gastos dos candidatos tem sido com a impressão de materiais publicitários. Do total de R$ 57.369.269,39, foram investidos nesse quesito R$ 9.496.225,87.

Na sequência de gastos, está a produção de programas eleitorais e vídeos, que consumiu R$ 6,8 milhões.

Polarização americana

A passagem de Bolsonaro por Nova York (EUA), onde participou ontem (20) da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), foi marcada pela polarização que é vivenciada no Brasil — já que o mandatário foi ao mesmo tempo elogiado e criticado.

O presidente foi recebido por centenas de apoiadores aos gritos de “mito”.

Por outro lado, um opositor projetou no prédio da ONU uma imagem de Bolsonaro com a frase: “vergonha brasileira”.

Discurso

Em seu discurso na 77ª Assembleia-Geral da ONU, Bolsonaro ressaltou a retomada da economia brasileira e ainda exaltou a “extinção da corrupção sistêmica” no seu atual governo.

O presidente brasileiro foi o primeiro chefe de estado a discursar, seguindo a tradição dos anos anteriores, e, ao longo de sua fala, citou os prejuízos obtidos durante os “governos de esquerda”.

Economia

Bolsonaro aproveitou o momento e também enalteceu os resultados exitosos da economia brasileira e afirmou que o País deverá fechar o ano com apenas 4% das famílias vivendo abaixo da linha da pobreza.

Ainda durante a cerimônia, o mandatário da nação mencionou a guerra entre Ucrânia e Rússia, e disse que o conflito evidenciou a necessidade de mudanças na ONU e que o Brasil vem se pautado pelos princípios do direito internacional ao se posicionar sobre o confronto.

Siga a Direto ao Ponto:

Facebook: facebook.com/diretoaopontonews1

Instagram: @diretoaopontonews

Twitter: @diretoaoponto1_

Fale com a gente:

Receba a coluna no seu WhatsApp: 92 98422-0558

Redação: 92 99189-4271

Editor-chefe: 92 99109-1099

Deixe um comentário