Opinião | Lula III: ‘De volta para o Passado’
Esquerda retornará ao poder em um Brasil dividido
Gestão petista sinaliza para ideias velhas e revogaços
Alinhado com STF, relação do presidente eleito com o Congresso ficará em segundo plano
Braço direito de Haddad no Ministério da Economia é inimigo da Zona Franca
Com Marina Silva no Meio Ambiente, sonho da BR-319 será sepultado
Dos 11 parlamentares do Amazonas, só dois farão oposição ao próximo Governo Federal
Antes mesmo de assumir, Lula já deu um prejuízo trilionário ao País
Lulapalooza é orçada em R$ 8 milhões
Ano de redenção
O ano de 2022 ficará marcado para sempre na história de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Três anos após passar mais de 500 dias na prisão, o petista venceu novamente uma disputa presidencial e entrou para história ao se tornar o único político eleito três vezes para presidir o Brasil.
Mix de sentimentos
Para aqueles que são simpáticos à esquerda, 2022 será lembrado como ano da redenção de Lula, que segundo eles, foi preso injustamente e “inocentado” pelo Judiciário e, também, pelos eleitores nas urnas.
Já para os críticos, 2022 será marcado como o ano da vitória da impunidade, uma vez que um ex-condenado e ex-presidiário chefiará a nação.
Polarização
Ao contrário da realidade do País há 12 anos, quando deixou a presidência após dois mandatos, Lula não terá vida fácil e sua popularidade não é nem de longe a de outrora.
Metade do Brasil não queria o retorno do petista ao poder e ao que parece fará uma forte oposição à gestão de Lula.
Ou seja, a polarização esquerda x direita seguirá firme e forte com todos os seus prós e contras.
Mais do mesmo
O fato é que não tem muita novidade a se esperar da gestão de Lula. Ela será uma espécie de “mais do mesmo” dos governos petistas anteriores.
Logo, a realidade será de inchamento da máquina pública, indicação política para os ministérios, falta de responsabilidade com o gasto de dinheiro público e uma relação nada republicana com o Congresso Nacional, sobretudo o Centrão.
Revogaços
Lula também promoverá “revogaços”.
Uma das principais revogações é a que estabelece o teto de gatos – mecanismo que limita o crescimento anual das despesas do governo à inflação medida pelo IPCA – e, também, a privatização de estatais.
A PEC da Transição aprovada na Câmara ontem (21), inclusive, prevê um envio até o dia 31 de agosto de uma Lei Complementar estabelecendo uma nova âncora fiscal ao País.
Outra revogação será a suspensão do processo de privatização dos Correios, da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), cujos trâmites tiveram início no atual governo.
Além delas, o decreto de armas também será revisto, segundo afirmou o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino.
Máquina inchada
Assim como no passado, a gestão de Lula terá uma máquina inchada, a começar pelo número de ministérios.
Se Jair Bolsonaro (PL) deixa o poder com 23 ministérios, o petista assumirá com 37 pastas, segundo informação do futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Esse tanto de cargo tem um motivo: “agasalhar” compadres e aliados políticos, tanto os que apoiaram desde a eleição quanto os que se tornaram simpáticos após o pleito, como o União Brasil.
Congresso engessado
Ao que tudo indica, também, Lula não ficará tão preocupado com uma eventual oposição do parlamento.
Tendo a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como aliado, Luiz Inácio tende a recorrer ao órgão toda vez que se sentir prejudicado por uma derrota no Congresso.
Prova disso foi a decisão monocrática de Gilmar Mendes que na canetada decidiu que o Bolsa Família poderá ficar fora do teto de gestos de 2023.
Sinal de alerta
Por mais que diga que é um apaixonado pelo Amazonas, é bom ficarmos em alerta com a gestão de Lula.
O ministro da Economia, Fernando Haddad, por exemplo, escolheu Bernard Appy para cuidar da reforma tributária e ele não é nada simpático ao modelo Zona Franca de Manaus e já declarou que quer acabar com os incentivos fiscais do nosso Polo Industrial.
Ou seja, é muito provável que tenhamos dias difíceis em 2023.
Esquece
Outro ponto sensível ao Amazonas é a possível escolha de Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente.
Atualmente ela é uma das mais cotadas, goza do apoio da cúpula do PT e simpatia de ONGs internacionais, mas é uma verdadeira inimiga da BR-319 e do desenvolvimento econômico do Amazonas.
Com ela no ministério, as chances de asfaltamento da rodovia que liga Manaus a Porto Velho (RO) são quase nulas, assim como o desenvolvimento do setor mineral, mesmo que sustentável, tão importante para a nossa economia, como a indústria de fertilizantes que poderia aumentar a arrecadação do estado em R$ 10 bilhões.
Sem oposição
Apesar dos perigos da gestão petista ao Amazonas, apenas dois dos 11 integrantes da bancada federal do Estado em Brasília serão de oposição a Lula: o deputado Capitão Alberto Neto (PL) e o senador Plínio Valério (PSDB).
Senado
No Senado, Eduardo Braga será reconduzido como líder do MDB na Casa e será um fiel escudeiro de Lula por lá.
Já Omar Aziz (PSD), que presidiu a CPI da Covid que ajudou Lula a desgastar a imagem de seus adversários políticos, é cotado como o possível líder do Governo no Senado.
Câmara
Na Câmara, Amom Mandel (Cidadania), Fausto Santos Jr (União Brasil), Saullo Vianna (União Brasil), Adail Filho (Republicanos) e Silas Câmara (Republicanos) devem formar a turma dos independentes, ou seja, não são nem da base e nem da oposição.
Já Átila Lins e Sidney Leite, ambos do PSD, farão parte da base governista.
Haja prejuízo
A verdade é que a postura um tanto quanto irresponsável diante dos gastos do Governo e o passado nada exemplar de Lula do PT, já tem causado prejuízo ao Brasil.
Toda a desmoralização do arcabouço fiscal derrubou em R$ 650 bilhões o valor das empresas brasileiras cotadas na Bovespa.
Na prática, temos um dano econômico de mais de R$ 1 trilhão antes mesmo de Lula assumir.
Lulapalooza
E pra comemorar toda essa farra, o PT organizou uma grande festa apelidada de “Lulapalooza”.
O evento vai custar pelo menos R$ 8 milhões, e a organizadora e esposa do futuro presidente, Rosângela da Silva, a Janja, está indo atrás de empresários e entidades empresariais que possam arcar com os custos da festa.
“Sem pressão e sem interesse.”
E caso você queria ajudar e doar, o Partido dos Trabalhadores continua com sua vakinha virtual no site do PT arrecadando dinheiro para a festa.
Faz o L.
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