Opinião | Coronel Menezes vira unanimidade no PL: todo mundo odeia
Bolsonaro deu aval para expulsão de Menezes
Militar tem causando conflitos no Partido Liberal
Após ser expulso do PL, Menezes pede ajuda àqueles a quem mais critica: o judiciário
Juíza determina esclarecimentos de Menezes sobre pedido de justiça gratuita, considerando seu patrimônio de R$ 3,3 milhões
Em entrevista ao programa Pânico, Plínio Valério critica ação de ONGs na Amazônia
Fausto Santos Júnior quer regime de urgência para acelerar votação contra a legalização do aborto
Governador Wilson Lima sanciona lei sobre cargos de direção do TCE-AM
Ministra de Lula pega voo da FAB para ver final da Copa do Brasil
“Todo mundo odeia”
Coronel Menezes já virou unanimidade dentro do PL: “todo mundo odeia”.
Os próprios membros do partido confidenciaram ao direto ao ponto que Menezes não é bem quisto. Que ninguém gosta dele dentro do partido, pelos mais diversos motivos que vão da desunião que ele causa e a falta de respeito com os demais membros, passando pela temperamento e falta de confiança no militar.
Por conta disso, Menezes chegou a ser expulso do PL e recorreu àqueles que ele mais critica. O judiciário.
Que ironia hein?
Entenda o caso
Menezes foi enquadrado em processo ético-disciplinar, após o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, com o aval de Bolsonaro, determinar que a executiva municipal de Manaus apurasse a conduta de Menezes, que criticou, xingou e difamou o presidente do PL no Amazonas, Alfredo Nascimento e do PL em Manaus, Capitão Alberto Neto.
O partido expulsou Menezes, que entrou na justiça tentando reverter sua situação.
Explicações
A juíza deu causa parcial a Menezes e pediu explicações sobre o tramite de sua expulsão.
O presidente da Comissão de Ética do PL, delegado Costa e Silva, que foi vice de Menezes em 2020 na disputa pela prefeitura de Manaus, disse que a justiça terá acesso aos documentos que demonstrarão que foi seguido o trâmite administrativo e a decisão colegiada.
Ou seja, não ouve irregularidade na expulsão de Menezes. A decisão foi unânime dentro do partido.
Pegou mal
A ação de Menezes para resolver uma questão partidária na justiça pegou mal na cúpula do PL, tanto no Amazonas quanto em Brasília, e foi vista mais uma vez como uma afronta e desrespeito ao partido.
Críticas
Além disso, ele recebeu uma enxurrada de criticas por ter pedido justiça gratuita no processo, já que ele declarou um patrimônio de R$ 3,3 milhões na eleição ao senado.
O benefício público é concedido para pessoas que não tem condições de pagar por suas defesas. E a juíza do caso quer explicações de Menezes sobre isso.
Carta fora
No PL, o militar já é carta fora do baralho.
Valdemar Costa Neto, Bolsonaro, Alfredo Nascimento e Capitão Alberto Neto, já tem plena consciência que ele mais atrapalha do que ajuda a direita no Amazonas.
Em queda e mais rejeitado
E isso é refletido nas pesquisas eleitorais.
Semana passada, o Instituto de Pesquisa Inveritas, apontou que Menezes está em queda e já é o nome mais rejeitado entre os possíveis candidatos a prefeitura de Manaus.
Ou seja, o recall da eleição do Senado, que ele afirma que tem, só existe na cabeça dele.
Histórico
Menezes coleciona brigas e desafetos nesses pouco mais de quatro anos na política.
Brigou com toda a bancada federal do Amazonas quando era superintendente da Suframa, por isso foi demitido por Bolsonaro.
Brigou com praticamente todos os movimentos e lideranças políticas conservadoras do Amazonas: Josué Neto, Chico Preto, Delegado Pablo, Romero Reis. Além dos membros do seu próprio partido, Alfredo Nascimento, Capitão Alberto Neto, Delegado Péricles, Delegado Costa e Silva.
Já brigou com o prefeito David Almeida, com o governador Wilson Lima, com lideranças religiosas e com praticamente toda a imprensa, inclusive as de direita.
Cavalo paraguaio
Além de duas derrotas no currículo para a prefeitura de Manaus, em 2020 e para o Senado, em 2022. Motivos pelos quais o presidente Bolsonaro e o PL irão apostar em outras lideranças com mais viabilidade e capacidade de articulação política para as eleições de 2024 e 2026.
Dias contadas
Esse relacionamento tóxico e prejudicial de Menezes com o PL e com a direita no Amazonas está com os dias contados.
Porque a política é, de fato, uma arena dinâmica onde as escolhas podem levar tanto ao poder como à queda.
No caso de Menezes, a queda.
CPI das ONGs
Em entrevista ao programa Pânico na Rádio Jovem Pan, o senador Plínio Valério (PSDB), fez críticas às ONGs, afirmando que elas exercem um domínio significativo sobre a Amazônia e têm influência no cenário nacional.
Ele agradeceu a oportunidade oferecida pelo apresentador Emílio Surita para apresentar um contraponto à “narrativa” das ONGs.
Plínio Valério também é o presidente da CPI das ONGs, que tem recebido pouca atenção na mídia.
Durante a entrevista, ele reforçou suas críticas ao Instituto Socioambiental (ISA).
Contra o aborto
O deputado federal Fausto Santos Júnior (União Brasil) demonstrou seu apoio firme ao Estatuto do Nascituro, assinando o requerimento de urgência para agilizar a votação.
Este movimento ocorre em resposta à retomada do julgamento da ADPF 442 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que busca descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação.
Direto a vida
Para o deputado, o aborto é considerado uma prática criminosa que viola o direito à vida.
“Estamos falando de vidas interrompidas, isso é crime! O aborto é uma atitude de medo e violência”, destaca Fausto Santos Júnior.
Sancionado
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), sancionou, nesta segunda-feira (26), lei que muda as regras para as eleições do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM).
Aprovadas pela Assembleia Legislativa do Amazonas, por unanimidade, na quinta-feira (21), as mudanças ocorrem em meio a disputa entre membros da corte de contas e é considerada uma derrota para o atual presidente, Érico Desterro.
Final da Copa do Brasil
A ministra da Igualdade Racial e flamenguista, Anielle Franco, viajou neste domingo (24) em um jatinho da FAB para acompanhar in loco a final da Copa do Brasil entre São Paulo em Flamengo, no Morumbi.
Além dela, outros dois ministros de Lula estiveram na partida: André Fufuca, dos Esportes, e Silvio Almeida, dos Direitos Humanos.
Dancinha
A própria ministra usou seus perfis nas redes sociais para divulgar a viagem.
Já dentro do jato da FAB, Anielle é filmada “dançando” em seu assento.
Afirma que está a caminho do Maracanã, mas depois corrige seu “ato falho” para dizer que vai ao Morumbi, em São Paulo, para assinar o protocolo de combate ao racismo no esporte, e não só porque ela é flamenguista.
“Deslumbrada”
Opositores a chamaram de “deslumbrada”. Disseram que ela estaria usando o veículo oficial como “táxi aéreo” pago com o dinheiro público.
“Bora trabalhar porque a Anielle Franco tem que usar jatinho da FAB pra ir em jogo de futebol com seu dinheiro. #amorvenceu”, disse o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
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